Conheça a biografia de Dom Pedro II! Dom Pedro II foi o segundo e último imperador do Brasil. Tornou-se príncipe regente aos cinco anos de idade, quando seu pai, Dom Pedro I, abdicou do trono. Aos 15 anos, foi declarado maior de idade e coroado Imperador do Brasil. Seu reinado, que durou quase cinquenta anos, começou em 23 de julho de 1840 e terminou em 15 de novembro de 1889, quando ocorreu um Golpe Militar para instaurar a República.
Dom Pedro II nasceu no Palácio de São Cristóvão (Quinta da Boa Vista), Rio de Janeiro, Brasil, em 2 de dezembro de 1825. Era filho do Imperador Dom Pedro I e da Imperatriz Dona Maria Leopoldina, e recebeu o nome de Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bebiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança.
Sua mãe, a imperatriz Dona Leopoldina, já enferma, faleceu em 1826, deixando Pedro aos cuidados da dama-de-companhia, Dona Mariana Carlota de Verna Magalhães, depois condessa de Belmonte.
Pedro de Alcântara foi o quarto filho do casal imperial, mas com a morte dos irmãos mais velhos, tornou-se herdeiro do trono brasileiro e, em 2 de agosto de 1826, foi reconhecido como herdeiro da coroa imperial.
Seu pai, o imperador Dom Pedro I, abdicou do trono em 7 de abril de 1831 e voltou para Portugal, deixando Pedro como “regente” aos cinco anos de idade.
Para orientar a educação do filho, D. Pedro I nomeou José Bonifácio de Andrada e Silva como tutor do menino. Em 1833, José Bonifácio foi substituído por Manuel Inácio de Andrade Souto Maior, Marquês de Itanhaém.
Mestres proeminentes de seu tempo foram selecionados para educar o futuro imperador. Estudou português, literatura, francês, inglês, alemão, geografia, ciências naturais, pintura, piano e música, esgrima e equitação.
Após a abdicação de Dom Pedro I e a minoria do imperador, o Brasil foi governado por diferentes grupos que compunham a classe dominante e disputavam o poder político.
O Período Regencial, que se estendeu por nove anos, de abril de 1831 a julho de 1840, passou por quatro regências: Regência do Triunvirato Provisório, Regência do Triunvirato Permanente, Regência Única de Feijó e Regência Única de Araújo Lima.
O período regencial foi marcado por violência e conflitos sociais e políticos. As classes empobrecidas urbanas e rurais pegaram em armas e se engajaram na luta armada, reivindicando melhores condições de vida.
Entre os movimentos revolucionários ocorridos em diferentes províncias, destacam-se: a Cabanagem, a Sabinada, a Balaiada e a Guerra dos Farrapos.
Diante das revoltas sociais que ameaçavam e assustavam a elite agrária, os liberais e conservadores concluíram que somente a presença de um imperador com poder moderador poderia restaurar a ordem.
Em 1834, Dom Pedro I faleceu em Portugal. Em 1840, teve início a luta pela maioridade do imperador, que na época tinha apenas 15 anos.
Em 23 de julho de 1840, Pedro foi declarado maior de idade. Esse evento ficou conhecido como o “Golpe da Maioria”. Com esta manobra termina o Período Regencial (1831-1840) e inicia-se o Segundo Reinado. Em 18 de julho de 1841, Dom Pedro II foi coroado imperador.
Em 4 de setembro de 1843, Dom Pedro II casou-se com a princesa Teresa Cristina das Duas Sicílias. O casamento aconteceu quando ele tinha 18 anos, e o casal teve uma união frutífera que durou até a morte de Pedro. Teresa Cristina era conhecida por sua inteligência, personalidade forte e dedicação à família.
Juntos, Dom Pedro II e Teresa Cristina tiveram quatro filhos e duas filhas. O primogênito deles foi Afonso Pedro, que faleceu tragicamente na tenra idade de dois anos. O segundo filho, Pedro Afonso, também teve uma morte prematura, logo após o nascimento. No entanto, seus outros filhos tiveram papéis importantes na história brasileira.
Seu filho sobrevivente mais velho, Pedro de Alcântara, Príncipe do Grão-Pará, nasceu em 1848 e era o herdeiro do trono brasileiro. Infelizmente, Pedro de Alcântara sofria de uma doença mental que o impedia de assumir o cargo de imperador. Isso levou a uma crise de sucessão nos anos finais do reinado de Dom Pedro II.
A princesa Isabel, filha mais velha do casal, teve um papel de destaque na história brasileira. Ela ficou conhecida como a “Princesa Redentora” por seus esforços na abolição da escravatura no Brasil. A princesa Isabel atuou como regente durante as viagens de seu pai e era amplamente respeitada por sua inteligência e compaixão.
Seus outros filhos, a princesa Leopoldina e o príncipe Pedro Augusto, também fizeram contribuições para a sociedade brasileira, embora com menos destaque do que seus irmãos mais velhos.
O casamento e a descendência de D. Pedro II foram importantes para a continuidade da linhagem imperial e para a história brasileira. Eles deixaram um legado duradouro, tanto no campo político quanto familiar.
Após o Golpe Militar de 1889, Dom Pedro II e sua família foram forçados ao exílio. Eles deixaram o Brasil e buscaram refúgio em diversos países, passando a maior parte do exílio na Europa.
Inicialmente, a família imperial instalou-se em Portugal, onde recebeu apoio da família real portuguesa. Mais tarde, eles se mudaram para a França e viveram em Paris. Durante o exílio, Dom Pedro II e sua esposa, a imperatriz Teresa Cristina, enfrentaram a tristeza e a saudade de seu amado Brasil.
Em seu exílio, Dom Pedro II nunca abandonou sua paixão pelo conhecimento e pela cultura. Ele continuou a estudar e se envolver em assuntos intelectuais, mantendo contato com estudiosos e intelectuais europeus. Sua presença e sabedoria foram admiradas por muitos, mesmo fora do Brasil.
Infelizmente, a saúde de Dom Pedro II começou a piorar durante o exílio. Em 1891, ele foi diagnosticado com insuficiência cardíaca. A morte de sua amada esposa, a imperatriz Teresa Cristina, em 1889, também afetou profundamente seu coração.
Em 5 de dezembro de 1891, aos 66 anos, dom Pedro II faleceu em Paris. Sua morte foi um momento de grande tristeza para os brasileiros e para os que o admiravam mundo afora. Seu corpo foi repatriado para o Brasil em 1921 e recebeu um funeral solene com honras de estado.
O exílio e a morte de Dom Pedro II marcaram o fim de uma era no Brasil. Sua saída deixou um vazio na vida política e cultural do país. No entanto, seu legado como um líder iluminado e defensor da educação, ciência e cultura continua a inspirar gerações até hoje. Sua memória é preservada como símbolo da grandeza do império brasileiro.
Matheus Araújo
Matheus é empresário da Araujo Media, onde atua como CEO e Diretor de Criação. Ele compartilha análises em seu blog pessoal “matheusaraujo.me” e atualmente faz graduação em Publicidade e Propaganda. Além disso, tem paixão por História, principalmente pela História do Brasil, o que o levou a se tornar o fundador e editor do portal Brazilian History.