A notícia da independência do Brasil de Portugal não foi comemorada em todas as províncias. Após a proclamação, o Imperador Dom Pedro I teve dificuldade em reprimir as diversas revoltas ocorridas durante o processo de independência. No momento em que declarou a independência do Brasil, os governos e tropas de algumas províncias foram levados a expressar a sua lealdade inabalável ao rei Dom João VI.

 A resistência militar de Portugal contra a independência do Brasil

Na Bahia, um violento conflito se desenrolou entre 7 de setembro de 1822 e 2 de julho de 1823. Na região do Grão Pará, a resistência ao domínio imperial resultou em aproximadamente 1.300 mortes. O cerco de Montevidéu durou de 20 de janeiro de 1823 até 8 de março de 1824, quando os portugueses se renderam às forças brasileiras.


A guerra pela independência do Brasil começou, na verdade, em 1821, com o motim do general Avilez no Rio de Janeiro contra a petição para que Dom Pedro permanecesse no Brasil e a expulsão das tropas portuguesas de Pernambuco. Estendeu-se até 1824 e foi formalmente concluído em 1825 com a assinatura do Tratado de Amizade e Aliança entre Brasil e Portugal.

A resistência militar de Portugal contra a independência do Brasil
Retrato do General Jorge de Avilez.

Dentre os principais conflitos desta guerra, temos a Batalha de Pirajá, considerada por vários autores como o conflito mais importante da Guerra da Independência, travada nas áreas de Cabrito, Camoinas e Pirajá. A batalha começou em 08/11/1822 e terminou com a vitória do exército pacificador, nosso exército, em 02/07/1823. Entre outras batalhas, não menos importantes, temos a Batalha de Genipapo, Batalha de Itaparica e Batalha de Cinco de Maio.

A partir de 1824, Dom João VI manifestou a intenção de “acabar com os males e dissensões que ocorreram no Brasil”.

A resistência militar de Portugal contra a independência do Brasil
Flotilha Brasileira de Itaparica, 1823. Ilustração do livro “Nossa Marinha – Seus Feitos e Glórias (1822-1940)” do Almirante Trajano Augusto de Carvalho.

Dom João VI convenceu-se de que Portugal já não tinha meios para reconquistar o Brasil através da força militar. Em 1823, a guerra na Bahia terminou em favor dos brasileiros, com o apoio de mercenários britânicos e franceses. O Rei queria pôr fim à guerra que tanto mal causou aos portugueses e aos brasileiros, “restaurar a paz, a amizade e a boa harmonia entre os povos irmãos” e, além disso, “buscar a prosperidade geral e assegurar a existência política para os destinos futuros dos Reinos de Portugal e dos Algarves, bem como dos do Brasil.”



Referência: CALMON, Pedro. O rei do Brasil: vida de D. João VI. Brasil: Nacional, 1943.

Brazilian History
Matheus Araújo
Idealizador e Editor no Brazilian History | Local na rede Internet

Matheus é empresário da Araujo Media, onde atua como CEO e Diretor de Criação. Ele compartilha análises em seu blog pessoal “matheusaraujo.me” e atualmente faz graduação em Publicidade e Propaganda. Além disso, tem paixão por História, principalmente pela História do Brasil, o que o levou a se tornar o fundador e editor do portal Brazilian History.